quarta-feira, 18 de abril de 2007

Noite silenciosa
Noite misteriosa
Sem que a morte me leve
De vida me animas
Afasto uma nesga de sol
devoro radiações de lua e existo assim
no inexplicável

Entro em ti, oh noite
e em ti me encontro
na solidão das sombras
o corpo indefine-se
massa, volume, área de fusco-luz
desejo ondeante
das respirações ocultas
que subsistem aí
indecifráveis
nos sonhos
intocáveis, incorpóreas
sopros, fumos
informes
instilando prazeres
além
e eu aquém...

que da alucinação vêm povoar o espaço
da minha noite impossível

Um comentário:

Anônimo disse...

A noite é o meu lugar preferido, para o entendimento de mim próprio, para o desenvolvimento dos meus raciocínios, para o despertar da consciência profunda de quem sou...
Muito bonito, o poema.

Cumprimentos