quinta-feira, 21 de junho de 2007

Escape...



As Aves

Deixa-me suspender o braço
ao luar
Sentir que posso pairar
Acima dos turbilhões
da guerra

Deixa-me sentir as aves
a pairar
Negras por entre brumas
Aquáticas emergindo
com plumas

Sinto-as esvoaçar
Frias p'ra me levar
no ar
Sinto que adormeço
Rangem, abrem-se as portas
do universo

Vibram, tocam metais
Garras na minha pele
Tudo para enfeitar
Este meu verso

(Imagem: Calamity of Touch de Linda Bergkvist)

4 comentários:

Agharti disse...

Lindissimo.
Parabéns

Anônimo disse...

O sonho de um vôo nocturno, de uma viagem pelos universos...
Um poema cheio de sensações.

Beijo...

Anônimo disse...

Poema lindíssimo. Parabéns!

Anônimo disse...

senti-me, por momentos, a levitar ;)